sábado, 25 de fevereiro de 2017

Pense e reflita...


Mãe! Fui a uma festa, e me lembrei do que você me disse. Você me pediu que eu não tomasse álcool, mãe… Então, ao invés disso, tomei uma ‘Sprite’. Senti orgulho de mim mesma, e do modo como você disse que eu me sentiria e que não deveria beber e dirigir. Ao contrário do que alguns amigos me disseram, fiz uma escolha saudável, e teu conselho foi correto.
 E quando a festa finalmente acabou, e o pessoal começou a dirigir sem condições… Fui para o meu carro, na certeza de que iria para casa em paz ... Eu nunca poderia imaginar o que estava me aguardando, mãe… Algo que eu não poderia esperar…. Agora estou jogada na rua, e ouvi o policial dizer: O rapaz que causou este acidente estava bêbado’… Mãe; sua voz parecia tão distante… Meu sangue está escorrido por todos os lados e eu estou tentando com todas as minhas forças, não chorar… Posso ouvir os para-médicos dizerem: – ‘A garota vai morrer’ . Tenho certeza de que o garoto não tinha a menor idéia, enquanto ele estava a toda velocidade, afinal, ele decidiu beber e dirigir, e agora tenho que morrer.. Então por que as pessoas fazem isso, mãe? Sabendo que isto vai arruinar vidas? E agora a dor está me cortando como uma centena de facas afiadas…
 Diga a minha irmã para não ficar assustada, mãe! Diga ao Papai que ele seja forte. E quando eu for para o céu, escreva ‘Garotinha do Papai’ na minha sepultura. Alguém deveria ter dito aquele garoto que é errado beber e dirigir.
 Talvez, se seus pais tivessem dito, eu ainda estaria com Possibilidades de continuar viva. Minha respiração está ficando mais fraca, mãe, e estou realmente ficando com medo… Estes são meus momentos finais e me sinto tão despreparada ..! Eu gostaria que você pudesse me abraçar, mãe… Enquanto estou Estirada aqui, morrendo, eu gostaria de poder dizer que te amo, mãe.! Então…. Te amo e adeus…!’
 Essas palavras foram escritas por um repórter que presenciou o acidente. A jovem, enquanto agonizava, ia dizendo as palavras e o repórter, anotando…

Um comentário:

  1. Sou socorrista há 23 anos e nunca, JAMAIS, em mais de 3 mil ocorrências das quais participei, vi uma pessoa agonizando com um nível de lucidez deste. As pessoas traumatizadas, em especial em uma situação de acidente e de agonia, mal conseguem lembrar do nome, ainda mais ter uma linha de raciocínio destes. Honestidade intelectual vai bem em qualquer publicação séria.

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