terça-feira, 27 de março de 2012

DEM já estuda possibilidade de expulsar Demóstenes


  FOLHA DE S.PAULO - O futuro do senador Demóstenes Torres (GO) no DEM depende da abertura de ação da Procuradoria-Geral da República em relação ao envolvimento dele com o empresário de jogos Carlos Cachoeira, preso na Operação Monte Carlo, no mês passado.

Se o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pedir abertura de inquérito para investigar o senador, a cúpula do DEM analisará o que fazer --entre as hipóteses está até a saída dele da sigla.

Reservadamente, outros integrantes do partido já cogitam expulsar Demóstenes caso Gurgel decida pedir abertura de inquérito, o que também pode acelerar um eventual processo contra o senador no Conselho de Ética do Senado por quebra de decoro parlamentar.
Agripino admitiu que a abertura de inquérito complica a situação de Demóstenes, mas acha cedo falar em expulsão. "Se o procurador pedir a abertura de inquérito é ruim, porque é aberto por conta de elementos que estão lá, mas é preciso dar direito de defesa ao Demóstenes."
Ontem, os senadores Pedro Taques (PDT-MT), Ana Amélia Lemos (PP-RS) e Jorge Viana (PT-AC), que antes defendiam Demóstenes, pediram que ele faça um novo pronunciamento sobre sua versão dos fatos. Os três mudaram o tom após o surgimento de novas suspeitas contra o senador --incluindo a de que ele teria pedido dinheiro a Cachoeira.
"O caso é grave. Esta Casa não terá moral para convidar, intimar qualquer cidadão a depor em suas comissões se nós não ouvirmos os esclarecimentos do senador Demóstenes", afirmou Taques.
Outro senador, Álvaro Dias (PSDB-PR), disse que a citação sobre Demóstenes "cria um grande constrangimento" e "cala um pouco uma das vozes mais fortes e autorizadas da oposição".
Demóstenes nega irregularidades nas relações com Cachoeira --que, por sua vez, se diz inocente.
LEANDRO COLON, GABRIELA GUERREIRO E SIMONE IGLESIAS)



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