quarta-feira, 23 de maio de 2012

Perfil falso na internet será crime

Aprovada proposta de aumento de pena para crimes cometidos por internautas que usarem dados falsos.
Bra­sí­lia – Usuá­rios da in­ter­net que usa­rem per­fis fal­sos em re­des so­ciais ou cor­res­pon­dên­cias ele­trô­ni­cas (e-mails), por exem­plo, po­de­rão ser en­qua­dra­dos co­mo cri­mes de in­for­má­ti­ca pas­sí­vel de seis me­ses a dois anos de pe­na de pri­são. A pe­na in­te­gra o elen­co de pro­pos­tas de aper­fei­çoa­men­to do Có­di­go de Pro­ces­so Pe­nal, sob a aná­li­se de ju­ris­tas no­mea­dos pe­lo pre­si­den­te do Se­na­do, Jo­sé Sar­ney (PMDB-AP).
O re­sul­ta­do des­se tra­ba­lho se­rá en­ca­mi­nha­do pa­ra a aná­li­se dos par­la­men­ta­res na for­ma de um an­te­pro­je­to de lei ain­da nes­te se­mes­tre. A pro­pos­ta, apro­va­da em reu­nião da co­mis­são de ju­ris­tas, on­tem, pre­vê o au­men­to de um ter­ço da pe­na se, pe­la in­ter­net, o per­fil fal­so cau­sar pre­juí­zos a ter­cei­ros. O re­la­tor da co­mis­são, pro­cu­ra­dor Luiz Car­los Gon­çal­ves, acres­cen­tou que os hac­kers, es­pe­cia­lis­tas em in­for­má­ti­ca ca­pa­zes de mo­di­fi­car pro­gra­mas e re­des de com­pu­ta­do­res, me­re­ce­rão um ca­pí­tu­lo à par­te no an­te­pro­je­to.
Re­cen­te­men­te, a atriz Ca­ro­li­na Dieck­mann te­ve fo­tos ín­ti­mas vei­cu­la­das em pá­gi­nas da in­ter­net. Ca­sos co­mo es­se te­rão pe­na de dois anos de pri­são acres­ci­do em um ter­ço pe­la uti­li­za­ção da re­de mun­dial de com­pu­ta­do­res. Os ju­ris­tas ain­da ana­li­sam a pe­na­li­za­ção de cri­mes mais gra­ves, co­mo o aces­so in­de­vi­do de da­dos co­mer­ciais pro­te­gi­dos.
Os ju­ris­tas tam­bém au­men­ta­ram pe­nas pa­ra qual­quer pes­soa que, de pos­se de in­for­ma­ções de pro­ces­sos ju­di­ciais que cor­rem em se­gre­do de Jus­ti­ça, se­jam di­vul­ga­dos à im­pren­sa. A que­bra do se­gre­do de Jus­ti­ça – co­mo si­gi­los fis­cal, te­le­fô­ni­co e ban­cá­rio – po­de pas­sar de dois a qua­tro anos de pri­são pa­ra dois a cin­co anos de pri­são.
"O fo­co da cri­mi­na­li­za­ção não é o tra­ba­lho da im­pren­sa que no­ti­cia um fa­to que che­gou ao co­nhe­ci­men­to de­la. O re­gi­me cons­ti­tu­cio­nal de li­ber­da­de de im­pren­sa, de pro­te­ção do si­gi­lo da fon­te, nos im­pe­di­ria de agir de for­ma di­ver­sa", dis­se o re­la­tor da co­mis­são de ju­ris­tas.

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